para T...
não tem tanto tempo tinha tanto encanto
não tinha tamanho o sentimento.
tenho o álbum que remonto,
com fotos e temas, textos e fatos
tenho falta do tato que me falta...
talento pra retratar eu não tenho...
tanto tempo tivemos,
tentaríamos ter tanto...
mas não teremos lamentos
e vamos tocar tudo em frente,
mentir até acreditar.
em minha mente um entulho de retalhos
cartas a noite,
tentativas de trazer tudo de volta:
teatro, tesão, leite com café
cachorro-quente, tv e youtube...
minha mente tudo sente
talvez entraves, vontade de voltar
talvez tristeza somente
trevas intermináveis e tormento
vontade te trazer tudo de volta ao lugar
teu encanto todo
e tudo o que sempre quis ter...
(...)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
::: meio de música :::
...a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza
é só tristeza e a melancolia que não sai de mim...
(chega de saudade - vinícius de moraes)
é só tristeza e a melancolia que não sai de mim...
(chega de saudade - vinícius de moraes)
::: celebrações hedonistas :::
"Que acordo mais legítimo pode unir o homem à vida do que a dupla consciência de seu desejo de durar e de seu destino de morte?"
(albert camus - núpcias)
(albert camus - núpcias)
::: medo, medo, medo :::
Eu tenho medo e medo está por fora
O medo anda por dentro do teu coração
Eu tenho medo de que chegue a hora
Em que eu precise entrar no avião
Eu tenho medo de abrir a porta
Que dá pro sertão da minha solidão
Apertar o botão: cidade morta
Placa torta indicando a contramão
Faca de ponta e meu punhal que corta
E o fantasma escondido no porão
Medo, medo. medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo que Belo Horizonte
Eu tenho medo que Minas Gerais
Eu tenho medo que Natal, Vitória
Eu tenho medo Goiânia, Goiás
Eu tenho medo Salvador, Bahia
Eu tenho medo Belém do Pará
Eu tenho medo pai, filho, Espírito Santo, São Paulo
Eu tenho medo eu tenho C eu digo A
Eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife
Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá
Eu tenho medo Estrela do Norte, paixão, morte é certeza
Medo Fortaleza, medo Ceará
Medo, medo. medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo e já aconteceu
Eu tenho medo e inda está por vir
Morre o meu medo e isto não é segredo
Eu mando buscar outro lá no Piauí
Medo, o meu boi morreu, o que será de mim?
Manda buscar outro, maninha, no Piauí
(pequeno mapa do tempo - belchior)
O medo anda por dentro do teu coração
Eu tenho medo de que chegue a hora
Em que eu precise entrar no avião
Eu tenho medo de abrir a porta
Que dá pro sertão da minha solidão
Apertar o botão: cidade morta
Placa torta indicando a contramão
Faca de ponta e meu punhal que corta
E o fantasma escondido no porão
Medo, medo. medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo que Belo Horizonte
Eu tenho medo que Minas Gerais
Eu tenho medo que Natal, Vitória
Eu tenho medo Goiânia, Goiás
Eu tenho medo Salvador, Bahia
Eu tenho medo Belém do Pará
Eu tenho medo pai, filho, Espírito Santo, São Paulo
Eu tenho medo eu tenho C eu digo A
Eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife
Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá
Eu tenho medo Estrela do Norte, paixão, morte é certeza
Medo Fortaleza, medo Ceará
Medo, medo. medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo e já aconteceu
Eu tenho medo e inda está por vir
Morre o meu medo e isto não é segredo
Eu mando buscar outro lá no Piauí
Medo, o meu boi morreu, o que será de mim?
Manda buscar outro, maninha, no Piauí
(pequeno mapa do tempo - belchior)
::: canção do amor imprevisto :::
Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita…
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.
(mario quintana)
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita…
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.
(mario quintana)
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
:::especial exército de um homem só:::
Passa sobre moinhos de vento,
sobre pontes que nos unem numa caminhada solitária.
Passa sobre as casas,
por entre as pausas entre as canções,
passa sem pecados e sem vontade de se criar um refrão em coro...
Passa um exército solitário.
Sofre com a expectativa silenciosa de um dia unir-se a ti,
de um dia unir-se a tudo e todos.
Em vão.
Passa pelo vão das paredes o grito que silencia.
Nos chega aos ouvidos o benefício da dúvida,
a loucura em lentidão contínua...
Nos chega o medo da solidão,
nos chega de repente a necessidade de solidão.
Nossa guerra solitária é acreditar,
lutar sozinhos pela paz...
lutar pelo desejo de acreditar nas causas que se perdem
lutar pelo que for preciso,
mesmo que seja por amor às causas perdidas...
(guilherme)
sobre pontes que nos unem numa caminhada solitária.
Passa sobre as casas,
por entre as pausas entre as canções,
passa sem pecados e sem vontade de se criar um refrão em coro...
Passa um exército solitário.
Sofre com a expectativa silenciosa de um dia unir-se a ti,
de um dia unir-se a tudo e todos.
Em vão.
Passa pelo vão das paredes o grito que silencia.
Nos chega aos ouvidos o benefício da dúvida,
a loucura em lentidão contínua...
Nos chega o medo da solidão,
nos chega de repente a necessidade de solidão.
Nossa guerra solitária é acreditar,
lutar sozinhos pela paz...
lutar pelo desejo de acreditar nas causas que se perdem
lutar pelo que for preciso,
mesmo que seja por amor às causas perdidas...
(guilherme)
:::especial exército de um homem só:::
::: meio de livro :::
... "Está com saudades; mas sabe que nos cumes se é solitário; sabe que nesta trajetória é preciso destruir as pontes da retirada. Cansado de chorar, acaba adormecendo. ..."
(moacir scliar - pág. 49)
... "Está com saudades; mas sabe que nos cumes se é solitário; sabe que nesta trajetória é preciso destruir as pontes da retirada. Cansado de chorar, acaba adormecendo. ..."
(moacir scliar - pág. 49)
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