"... cosmonauta spiff, conquistador do cosmo é encurralado por um terrível zondarg !!!"
(calvin e haroldo)
quinta-feira, 28 de julho de 2005
::: zero e-zine :::
::Cine B:
quase destrutivo
sarcasmo
eu rio
te amo
de você
rio muito
destruo
escureço
desmereço
te amo
eu roubo
destruo
acabo com tua ingenuidade
da sua esperança
faço pouco
destruo
quando rio
te dispo
quando rio
de você.
(zero e-zine 18)
quase destrutivo
sarcasmo
eu rio
te amo
de você
rio muito
destruo
escureço
desmereço
te amo
eu roubo
destruo
acabo com tua ingenuidade
da sua esperança
faço pouco
destruo
quando rio
te dispo
quando rio
de você.
(zero e-zine 18)
::: meio de música :::
"...na hora da canção em que eles dizem 'baby'
eu não soube o que dizer ..."
(vida real - gessingertrio 'do hawaii')
eu não soube o que dizer ..."
(vida real - gessingertrio 'do hawaii')
::: música :::
Se já nem sei
O meu nome
Se eu já não sei parar
Viajar é mais
Eu vejo mais
A rua, luz, estrada, pó
O jipe amarelou
Manoel, o audaz
Manoel, o audaz
Manoel, o audaz, vamos lá
Viajar
E no ar livre
Corpo livre
Aprender ou mais, tentar
Manoel, o audaz
Manoel, o audaz
Iremos tentar
Vamos aprender
Vamos lá
(manoel, o audaz - toninho horta e fernando brant)
O meu nome
Se eu já não sei parar
Viajar é mais
Eu vejo mais
A rua, luz, estrada, pó
O jipe amarelou
Manoel, o audaz
Manoel, o audaz
Manoel, o audaz, vamos lá
Viajar
E no ar livre
Corpo livre
Aprender ou mais, tentar
Manoel, o audaz
Manoel, o audaz
Iremos tentar
Vamos aprender
Vamos lá
(manoel, o audaz - toninho horta e fernando brant)
::: sei cada vez menos :::
me sinto criança de novo quando não consigo abrir a embalagem do meu yakult ... a diferença é que agora minha mãe não está por perto pra me evitar de abrí-lo com a faca ...
(guilherme)
(guilherme)
::: o homem e sua sombra :::
O homem e sua sombra.
Era um homem com sombra de cachorro,
que sonhava ter sombra de cavalo,
mas era um homem com sombra de cachorro.
E isto, de algum modo me incomodava.
Por isto, aprisionou-se num canil.
E altas horas da noite,
enquanto a sombra lhe agrava,
sua alma em pêlo galopava.
(affonso romano de santzanna)
Era um homem com sombra de cachorro,
que sonhava ter sombra de cavalo,
mas era um homem com sombra de cachorro.
E isto, de algum modo me incomodava.
Por isto, aprisionou-se num canil.
E altas horas da noite,
enquanto a sombra lhe agrava,
sua alma em pêlo galopava.
(affonso romano de santzanna)
::: uma música :::
I’m in the grass all wine colored
Wine colored grass
I’m in the grass all wine colored
Repeat x 9
(evan dando - in the grass all wine colored)
Wine colored grass
I’m in the grass all wine colored
Repeat x 9
(evan dando - in the grass all wine colored)
::: não sei :::
acho que as paixões mais loucas não escolhem razões
e meu beijo não escolheu sua boca ...
assim como a loucura nem sempre quer a cura
o destino nem sempre nos reserva o lado mais doce ...
também, as limitações humanas nos impedem de dizer tudo em palavras ...
seria mais fácil se fosse possível interpretar os silêncios ...
algumas razões bem loucas sufocam as paixões
e às vezes se cai num abismo entre as bocas ...
a minha loucura nem sempre te procura
mas meu tino, insensível, quase não acerta o passo ...
seria difícil explicar com palavras
mais fácil, se fosse possível, interpretar o silêncio de algum verso inacabado ...
(guilherme)
e meu beijo não escolheu sua boca ...
assim como a loucura nem sempre quer a cura
o destino nem sempre nos reserva o lado mais doce ...
também, as limitações humanas nos impedem de dizer tudo em palavras ...
seria mais fácil se fosse possível interpretar os silêncios ...
algumas razões bem loucas sufocam as paixões
e às vezes se cai num abismo entre as bocas ...
a minha loucura nem sempre te procura
mas meu tino, insensível, quase não acerta o passo ...
seria difícil explicar com palavras
mais fácil, se fosse possível, interpretar o silêncio de algum verso inacabado ...
(guilherme)
segunda-feira, 18 de julho de 2005
::: uma música :::
o vagabundo
(giramondo - Bardotti/Leva/Reverberi/Scommegna - versão: Freedmann)
um giramundo como eu
que vive a vida a procurar
alguém que siga o meu caminho
e veja tudo como eu
se caminhando eu encontrar
alguém que seja como eu
será o fim dessa estrada
e finalmente irei parar
contando os dias
esperarei
de passo em passo
eu procurarei e acharei
acharei, acharei
um vagabundo como eu
também merece ser feliz
pois eu só quero dessa vida
ter um amor somente meu
contando os dias
esperarei
de passo em passo
eu procurarei e acharei
acharei, acharei
um vagabundo como como eu
também merece ser feliz
pois eu só quero dessa vida
ter um amor somente meu
(com Os Incríveis ...)
(giramondo - Bardotti/Leva/Reverberi/Scommegna - versão: Freedmann)
um giramundo como eu
que vive a vida a procurar
alguém que siga o meu caminho
e veja tudo como eu
se caminhando eu encontrar
alguém que seja como eu
será o fim dessa estrada
e finalmente irei parar
contando os dias
esperarei
de passo em passo
eu procurarei e acharei
acharei, acharei
um vagabundo como eu
também merece ser feliz
pois eu só quero dessa vida
ter um amor somente meu
contando os dias
esperarei
de passo em passo
eu procurarei e acharei
acharei, acharei
um vagabundo como como eu
também merece ser feliz
pois eu só quero dessa vida
ter um amor somente meu
(com Os Incríveis ...)
::: texto de thiago cunha :::
Especular sobre os devaneios das outras pessoas sempre vai te fazer pequeno.
Pensar, simples e involuntariamente, já esmaga muito do que você acredita, criando outras certezas que serão esmagadas um pouco depois.
É difícil acreditar em algo que exponha o que você realmente é.
É difícil, impossível, ser uma coisa só. Talvez por isso algumas pessoas falem pouco, valorizando o poder do silêncio.
Talvez por isso algumas pessoas falem e riam tanto, mostrando a coragem que querem mostrar que tem, de ser... seja lá o que for.
Mentimos pra nós mesmos, muitas vezes, só para nos convencermos de que somos tal coisa, de que nunca mudamos ou de que agora somos totalmente diferentes.
A verdade é que a nossa existência depende essencialmente da existência dos outros.
Nós somos tudo o que vimos, tudo do que gostamos, tudo o que fizemos e que normalmente não faríamos.
Nós somos aquele calafrio que se sente por alguém com quem você nunca conversou e que nem faz seu tipo, aquela alegria que vem sem explicação, durante o dia mais sem graça, o envolvimento com as personagens de um livro.
Ser é como amar, como ter esperança, essas coisas que não dão pra tocar e das quais a gente vive apanhando.
(tiago cunha)
Pensar, simples e involuntariamente, já esmaga muito do que você acredita, criando outras certezas que serão esmagadas um pouco depois.
É difícil acreditar em algo que exponha o que você realmente é.
É difícil, impossível, ser uma coisa só. Talvez por isso algumas pessoas falem pouco, valorizando o poder do silêncio.
Talvez por isso algumas pessoas falem e riam tanto, mostrando a coragem que querem mostrar que tem, de ser... seja lá o que for.
Mentimos pra nós mesmos, muitas vezes, só para nos convencermos de que somos tal coisa, de que nunca mudamos ou de que agora somos totalmente diferentes.
A verdade é que a nossa existência depende essencialmente da existência dos outros.
Nós somos tudo o que vimos, tudo do que gostamos, tudo o que fizemos e que normalmente não faríamos.
Nós somos aquele calafrio que se sente por alguém com quem você nunca conversou e que nem faz seu tipo, aquela alegria que vem sem explicação, durante o dia mais sem graça, o envolvimento com as personagens de um livro.
Ser é como amar, como ter esperança, essas coisas que não dão pra tocar e das quais a gente vive apanhando.
(tiago cunha)
::: estrela da manhã :::
Eu quero a estrela da manhã.
Onde está a estrela de manhã?
Meus amigos, meus inimigos, procurem a estrela da manhã!
Ela desapareceu, estava nua.
Desapareceu com quem?
Procurem por toda parte.
Digam que sou um homem sem orgulho, um homem que aceita tudo. Que me importa? Eu quero a estrela da manhã.
Três dias e três noites fui assassino e suicida. ladrão, pulha, falsário.
Virgem mal-sexuada, atribuladora dos aflitos, girafa de duas cabeças! Pecai por todos, pecai com todos.
Pecai com os malandros, pecai com os sargentos, pecai com os fuzileiros navais. Pecai de todas as maneiras. Com os gregos e com os troianos, com o padre e com o sacristão, com o leproso e depois comigo.
Te esperarei com mafuás, novenas, cavalhadas. Depois, comerei a terra e direi coisas de uma ternura tão simples, que desfalecerás.
Procurem por toda parte.
Pura ou degradada até a última baixeza, eu quero a estrela da manhã.
(manuel bandeira)
Onde está a estrela de manhã?
Meus amigos, meus inimigos, procurem a estrela da manhã!
Ela desapareceu, estava nua.
Desapareceu com quem?
Procurem por toda parte.
Digam que sou um homem sem orgulho, um homem que aceita tudo. Que me importa? Eu quero a estrela da manhã.
Três dias e três noites fui assassino e suicida. ladrão, pulha, falsário.
Virgem mal-sexuada, atribuladora dos aflitos, girafa de duas cabeças! Pecai por todos, pecai com todos.
Pecai com os malandros, pecai com os sargentos, pecai com os fuzileiros navais. Pecai de todas as maneiras. Com os gregos e com os troianos, com o padre e com o sacristão, com o leproso e depois comigo.
Te esperarei com mafuás, novenas, cavalhadas. Depois, comerei a terra e direi coisas de uma ternura tão simples, que desfalecerás.
Procurem por toda parte.
Pura ou degradada até a última baixeza, eu quero a estrela da manhã.
(manuel bandeira)
::: revista :::
na capa, algum palhaço de gravata
pivô dum novo escândalo bancário
na entrada, uma entrevista do Romário
que ao gênio se compara, por bravata
encarte colorido auto-retrata
o fútil bastidor publicitário
embora o texto esbanje erro primário,
vem só um rodapezinho como errata
a página de esporte é defasada
fofoca é uma coluna concorrida
o artigo financeiro não diz nada
nas fotos, só mulheres de má vida.
resenha literária é marmelada.
cartum sem graça e a josta já está lida.
(na capa, algum palhaço autoritário
rodapé publicitário auto-retrata
fútil entrevista por bravata
ao gênio se compara, o otário)
(glauco mattoso ... musicado por humberto gessinger)
pivô dum novo escândalo bancário
na entrada, uma entrevista do Romário
que ao gênio se compara, por bravata
encarte colorido auto-retrata
o fútil bastidor publicitário
embora o texto esbanje erro primário,
vem só um rodapezinho como errata
a página de esporte é defasada
fofoca é uma coluna concorrida
o artigo financeiro não diz nada
nas fotos, só mulheres de má vida.
resenha literária é marmelada.
cartum sem graça e a josta já está lida.
(na capa, algum palhaço autoritário
rodapé publicitário auto-retrata
fútil entrevista por bravata
ao gênio se compara, o otário)
(glauco mattoso ... musicado por humberto gessinger)
::: história bem triste :::
O palhaço subiu no 701-U e apareceu no corredor com aqueles sapatões, jogou a pasta de couro no banco dos idosos e remexeu os bolsos em busca de uns trocados. Tinha molhado o bilhete único durante a chuva daquele dia, nas calças apenas uma interminável fila de lenços coloridos atados pela secretária (quanto mais ele tirava, mais descobria novos tons de azul-bebê no espectro das cores frias).
O palhaço achou três moedas de dez e duas de cinqüenta que sobrara do troco da cerveja depois do trabalho, mas o cobrador apontou para Tarifa Dois Reais sem tirar o fone do ouvido. O palhaço teve que passar por baixo, desejando ser o contorcionista, enquanto muita gente colocava o walkman no ouvido ou fingia estar cochilando porque (podia estar roubando podia estar matando) certamente ele começaria a pedir. O palhaço se arrastou [contudo todavia] com a pasta de couro através do vão da roleta, sujou os fundilhos, não olhou para ninguém e se sentou no primeiro banco vago. Suspirou alguma coisa, cansado, antes de encostar a cabeça na camada de pó que revestia o encosto do banco. O dia havia sido terrível — o pessoal da firma o culpou por um erro no software de produção, ele teve de assinar um cheque e levar quatrocentos rolos de adesivo pra casa. Também houve um problema financeiro: a funcionária do departamento de folhas-sulfite foi cheirar a flor da lapela do palhaço, apesar das advertências, encharcou-se de uísque e provocou a queda da bolsa (bem na cabeça dele). Na saída, a chuva ainda borrou sua maquiagem, descolou levemente a parte de trás da peruca e arruinou os quatrocentos rolos de autocolante que ele arrastava pela rua de paralelepípedos, para dar de presente à mulher barbada. O palhaço olhava pela janela do ônibus, lamentando ter desperdiçado cinqüenta centavos numa cerveja tão ruim.
Uma criança o encarava no ônibus ao lado, grudava o nariz no vidro, dizia nomes muito feios, mas o palhaço não deu bola, se levantou e percorreu o resto do corredor, meio bêbado. Desceu em frente ao shopping. O palhaço pensava naquele sujeito do trem-fantasma, que se afogara na tina dos elefantes porque não conseguia assustar ninguém.
(dawn zine ...)
O palhaço achou três moedas de dez e duas de cinqüenta que sobrara do troco da cerveja depois do trabalho, mas o cobrador apontou para Tarifa Dois Reais sem tirar o fone do ouvido. O palhaço teve que passar por baixo, desejando ser o contorcionista, enquanto muita gente colocava o walkman no ouvido ou fingia estar cochilando porque (podia estar roubando podia estar matando) certamente ele começaria a pedir. O palhaço se arrastou [contudo todavia] com a pasta de couro através do vão da roleta, sujou os fundilhos, não olhou para ninguém e se sentou no primeiro banco vago. Suspirou alguma coisa, cansado, antes de encostar a cabeça na camada de pó que revestia o encosto do banco. O dia havia sido terrível — o pessoal da firma o culpou por um erro no software de produção, ele teve de assinar um cheque e levar quatrocentos rolos de adesivo pra casa. Também houve um problema financeiro: a funcionária do departamento de folhas-sulfite foi cheirar a flor da lapela do palhaço, apesar das advertências, encharcou-se de uísque e provocou a queda da bolsa (bem na cabeça dele). Na saída, a chuva ainda borrou sua maquiagem, descolou levemente a parte de trás da peruca e arruinou os quatrocentos rolos de autocolante que ele arrastava pela rua de paralelepípedos, para dar de presente à mulher barbada. O palhaço olhava pela janela do ônibus, lamentando ter desperdiçado cinqüenta centavos numa cerveja tão ruim.
Uma criança o encarava no ônibus ao lado, grudava o nariz no vidro, dizia nomes muito feios, mas o palhaço não deu bola, se levantou e percorreu o resto do corredor, meio bêbado. Desceu em frente ao shopping. O palhaço pensava naquele sujeito do trem-fantasma, que se afogara na tina dos elefantes porque não conseguia assustar ninguém.
(dawn zine ...)
::: ... :::
:: POR ONDE VC COMEÇARIA? ::
por Sérgio Praça, tempos atrás
Se eu tivesse que cortar um cadáver, começaria pegando uma faca bem afiada.
(dawn zine ...)
por Sérgio Praça, tempos atrás
Se eu tivesse que cortar um cadáver, começaria pegando uma faca bem afiada.
(dawn zine ...)
::: de que serve a bondade :::
1
De que serve a bondade
Se os bons são imediatamente liquidados, ou são liquidados
Aqueles para os quais eles são bons?
De que serve a liberdade
Se os livres têm que viver entre os não-livres?
De que serve a razão
Se somente a desrazão consegue o alimento de que todos necessitam?
2
Em vez de serem apenas bons, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que torne possível a bondade
Ou melhor: que a torne supérflua!
Em vez de serem apenas livres, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que liberte a todos
E também o amor à liberdade
Torne supérfluo!
Em vez de serem apenas razoáveis, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que torne a desrazão de um indivíduo
Um mau negócio.
(bertold brecht)
De que serve a bondade
Se os bons são imediatamente liquidados, ou são liquidados
Aqueles para os quais eles são bons?
De que serve a liberdade
Se os livres têm que viver entre os não-livres?
De que serve a razão
Se somente a desrazão consegue o alimento de que todos necessitam?
2
Em vez de serem apenas bons, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que torne possível a bondade
Ou melhor: que a torne supérflua!
Em vez de serem apenas livres, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que liberte a todos
E também o amor à liberdade
Torne supérfluo!
Em vez de serem apenas razoáveis, esforcem-se
Para criar um estado de coisas que torne a desrazão de um indivíduo
Um mau negócio.
(bertold brecht)
domingo, 17 de julho de 2005
domingo, 10 de julho de 2005
::: uma música :::
I want to live,
I want to give
I’ve been a miner for a heart of gold.
It’s these expressions I never give
That keep me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
Keeps me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
I’ve been to hollywood
I’ve been to redwood
I crossed the ocean for a heart of gold
I’ve been in my mind, it’s such a fine line
That keeps me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
Keeps me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
Keep me searching for a heart of gold
You keep me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
I’ve been a miner for a heart of gold.
(neil young - heart of gold)
I want to give
I’ve been a miner for a heart of gold.
It’s these expressions I never give
That keep me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
Keeps me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
I’ve been to hollywood
I’ve been to redwood
I crossed the ocean for a heart of gold
I’ve been in my mind, it’s such a fine line
That keeps me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
Keeps me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
Keep me searching for a heart of gold
You keep me searching for a heart of gold
And I’m getting old.
I’ve been a miner for a heart of gold.
(neil young - heart of gold)
::: zero e-zine :::
::Frase de Efeito II:
como se não bastasse
É tão fácil acreditar nela quando ela sorri, acredito eu.
(zero e-zine 29)
como se não bastasse
É tão fácil acreditar nela quando ela sorri, acredito eu.
(zero e-zine 29)
::: uma oração :::
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
(oração de São Francisco)
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
(oração de São Francisco)
::: zero e-zine :::
::Frase de Efeito I:
quase metade
Esse era o seu dia especial, e em casa, quando voltasse, ia ter bolo, e ele chegando na sala de aula com um sorriso que ia de canto a canto.
(zero e-zine 29)
quase metade
Esse era o seu dia especial, e em casa, quando voltasse, ia ter bolo, e ele chegando na sala de aula com um sorriso que ia de canto a canto.
(zero e-zine 29)
::: uma poesia :::
tem a ver mais com sinceridade do que com beleza ...
a poesia é só uma menina bonita ... que dobra a esquina e não volta ...
é a curva da imaginação ... não vê problema e se entrega ...
não sai da cabeca, vem no vento que passa ... na luz que se apaga e proclama o silêncio ...
a poesia é só um grito silencioso saído do coração ...
não tem a ver com a consciência, muito menos com a lógica ...
se engana quem pensa a poesia ...
a poesia engana, quer dizer mas não diz
pensa que diz, mas ela pode não entender ...
é só uma menina bonita dobrando a esquina ... e deixando pra trás a vontade de ficar ...
(guilherme)
a poesia é só uma menina bonita ... que dobra a esquina e não volta ...
é a curva da imaginação ... não vê problema e se entrega ...
não sai da cabeca, vem no vento que passa ... na luz que se apaga e proclama o silêncio ...
a poesia é só um grito silencioso saído do coração ...
não tem a ver com a consciência, muito menos com a lógica ...
se engana quem pensa a poesia ...
a poesia engana, quer dizer mas não diz
pensa que diz, mas ela pode não entender ...
é só uma menina bonita dobrando a esquina ... e deixando pra trás a vontade de ficar ...
(guilherme)
::: uma música :::
Both Sides Now
Bows and flows of angel hair and ice cream castles in the air
and feather canyons everywhere, I've looked at clouds that way.
But now they only block the sun, they rain and snow on everyone.
So many things I would have done but clouds got in my way.
I've looked at clouds from both sides now,
from up and down, and still somehow
it's cloud illusions I recall.
I really don't know clouds at all.
Moons and Junes and ferris wheels, the dizzy dancing way you feel
as every fairy tale comes real; I've looked at love that way.
But now it's just another show. You leave 'em laughing when you go
and if you care, don't let them know, don't give yourself away.
I've looked at love from both sides now,
from give and take, and still somehow
it's love's illusions I recall.
I really don't know love at all.
Tears and fears and feeling proud, to say "I love you" right out loud,
dreams and schemes and circus crowds, I've looked at life that way.
But now old friends are acting strange, they shake their heads, they say
I've changed.
Something's lost but something's gained in living every day.
I've looked at life from both sides now,
from win and lose, and still somehow
it's life's illusions I recall.
I really don't know life at all.
(joni mitchell)
Bows and flows of angel hair and ice cream castles in the air
and feather canyons everywhere, I've looked at clouds that way.
But now they only block the sun, they rain and snow on everyone.
So many things I would have done but clouds got in my way.
I've looked at clouds from both sides now,
from up and down, and still somehow
it's cloud illusions I recall.
I really don't know clouds at all.
Moons and Junes and ferris wheels, the dizzy dancing way you feel
as every fairy tale comes real; I've looked at love that way.
But now it's just another show. You leave 'em laughing when you go
and if you care, don't let them know, don't give yourself away.
I've looked at love from both sides now,
from give and take, and still somehow
it's love's illusions I recall.
I really don't know love at all.
Tears and fears and feeling proud, to say "I love you" right out loud,
dreams and schemes and circus crowds, I've looked at life that way.
But now old friends are acting strange, they shake their heads, they say
I've changed.
Something's lost but something's gained in living every day.
I've looked at life from both sides now,
from win and lose, and still somehow
it's life's illusions I recall.
I really don't know life at all.
(joni mitchell)
::: pequeno poema didático :::
O tempo é indivisível.
Diz: qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas mas fica a árvore, contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível.
Mesmo a que se julga mais dispersa e pertence a um eterno diálogo, a mais
inconseqüente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
todos os porres são o mesmo porre.
Não é de uma vez que se morre... todas as horas são extremas!
(mario quintana)
Diz: qual o sentido do calendário?
Tombam as folhas mas fica a árvore, contra o vento incerto e vário.
A vida é indivisível.
Mesmo a que se julga mais dispersa e pertence a um eterno diálogo, a mais
inconseqüente conversa.
Todos os poemas são um mesmo poema,
todos os porres são o mesmo porre.
Não é de uma vez que se morre... todas as horas são extremas!
(mario quintana)
::: contranarciso :::
em mim
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas
o outro que há em mim
é você
você
e você
assim como
eu estou em você
eu estou nele
em nós
e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que
estejamos a sós
(Leminski, 1985, p.12)
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas
o outro que há em mim
é você
você
e você
assim como
eu estou em você
eu estou nele
em nós
e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que
estejamos a sós
(Leminski, 1985, p.12)
::: mephistópheles :::
Eu sou Mephistópheles. Mephistópheles, é o diabo. E todos vocês são Faustos.
Faustos, os que vendem a alma ao diabo.
Tudo é vaidade neste mundo vão, tudo é tristeza, é pop, é nada. Quem
acredita em sonhos é porque já tem a alma morta. O mal da vida cabe entre
nossos braços e abraços.
Mas eu não sou o que vocês pensam. Eu não sou exatamente o que as Igrejas
pensam. As Igrejas abominam-me. Deus me criou para que eu o imitasse de
noite. Ele é o Sol, eu sou a Lua.
A minha luz paira sobre tudo que é fútil: margens de rios, pântanos, sombras.
Quantas vezes vocês viram passar uma figura velada, rápida, figura que lhe
darei toda felicidade. Figura que te beijaria indefinidamente. Era eu. Sou eu.
Eu sou aquele que sempre procuraste e nunca poderá achar. Os problemas que
atormentam os Deuses. Quantas vezes Deus me disse citando João Cabral de
Melo Neto: Ai de mim, ai de mim. Quem sou eu?
Quantas vezes Deus me disse: Meu irmão, eu não sei quem eu sou.
Senhores, venham até mim, venham até mim, venham. Eu os deixarei em
rodopios fascinantes, vivos nos castelos e nas trevas, e nas trevas vocês verão
todo o esplendor.
De que adianta vocês viverem em casa como vocês vivem? De que adianta pagar
as contas no fim do mês religiosamente, as contas de luz, gás, telefone,
condomínio, IPTU?
Todos vocês são Faustos. Venham, eu os arrastarei por uma vida bem selvagem
através de uma rasa e vã mediocridade, que é o que vocês merecem.
As suas bem humanas insaciabilidade, terão lábios, manjares, bebidas.
É difícil encontrar quem não queira vender sua alma ao diabo.
As últimas palavras de Goethe ao morrer foram: Luz, luz, mais luz!!
(goethe)
Faustos, os que vendem a alma ao diabo.
Tudo é vaidade neste mundo vão, tudo é tristeza, é pop, é nada. Quem
acredita em sonhos é porque já tem a alma morta. O mal da vida cabe entre
nossos braços e abraços.
Mas eu não sou o que vocês pensam. Eu não sou exatamente o que as Igrejas
pensam. As Igrejas abominam-me. Deus me criou para que eu o imitasse de
noite. Ele é o Sol, eu sou a Lua.
A minha luz paira sobre tudo que é fútil: margens de rios, pântanos, sombras.
Quantas vezes vocês viram passar uma figura velada, rápida, figura que lhe
darei toda felicidade. Figura que te beijaria indefinidamente. Era eu. Sou eu.
Eu sou aquele que sempre procuraste e nunca poderá achar. Os problemas que
atormentam os Deuses. Quantas vezes Deus me disse citando João Cabral de
Melo Neto: Ai de mim, ai de mim. Quem sou eu?
Quantas vezes Deus me disse: Meu irmão, eu não sei quem eu sou.
Senhores, venham até mim, venham até mim, venham. Eu os deixarei em
rodopios fascinantes, vivos nos castelos e nas trevas, e nas trevas vocês verão
todo o esplendor.
De que adianta vocês viverem em casa como vocês vivem? De que adianta pagar
as contas no fim do mês religiosamente, as contas de luz, gás, telefone,
condomínio, IPTU?
Todos vocês são Faustos. Venham, eu os arrastarei por uma vida bem selvagem
através de uma rasa e vã mediocridade, que é o que vocês merecem.
As suas bem humanas insaciabilidade, terão lábios, manjares, bebidas.
É difícil encontrar quem não queira vender sua alma ao diabo.
As últimas palavras de Goethe ao morrer foram: Luz, luz, mais luz!!
(goethe)
::: meio de música :::
"... questions of science, science and progress
do not speak as loud as my heart ...
... ... ... ...
... nobody said it was easy ...
... oh it's such a shame for us to part ...
... nobody said it was easy ...
... no one ever said it would be so hard ...
... i'm going back to the start ..."
(coldplay - the scientist)
do not speak as loud as my heart ...
... ... ... ...
... nobody said it was easy ...
... oh it's such a shame for us to part ...
... nobody said it was easy ...
... no one ever said it would be so hard ...
... i'm going back to the start ..."
(coldplay - the scientist)
domingo, 3 de julho de 2005
::: música :::
mochileira
Mochileira deite comigo essa noite
E conte aquela velha história
De como as noites são claras em Machu Pitchu
E os dias dourados na Califórnia
Moça eu não vou precisar
Ler na sua mão pra saber
Que você não vai voltar
Pra vida maluca das pessoas
Do mundo
Das formigas tentando
Se esconder da chuva
Pedro saiu numa barca pro Nepal
Vera estava em Amsterdã
Porque não tentar algo mais divertido
Que casar com executivos
E acabar achando excitante
A reunião semanal da confraria
Dos amantes das delícias da boa
Velha tecnocracia
Dance mochileira que eu toco a guitarra
Moça eu sei que não é legal
Ficar sozinha quando o velho medo vem
E essa noite em Cuzco é tão fria
Me passe a garrafa de vinho
Sim eu posso ver
Que os tempos tem sido maus com você
Mas os Deuses eles sabem
Que valeu a pena segurar essa barra
Moça o céu é seu amigo
Enquanto durar essa farra
E você depois é mesmo
Do tipo de cigarra
Que canta na chuva
Dance mochileira que eu toco a guitarra
(geraldo roca)
Mochileira deite comigo essa noite
E conte aquela velha história
De como as noites são claras em Machu Pitchu
E os dias dourados na Califórnia
Moça eu não vou precisar
Ler na sua mão pra saber
Que você não vai voltar
Pra vida maluca das pessoas
Do mundo
Das formigas tentando
Se esconder da chuva
Pedro saiu numa barca pro Nepal
Vera estava em Amsterdã
Porque não tentar algo mais divertido
Que casar com executivos
E acabar achando excitante
A reunião semanal da confraria
Dos amantes das delícias da boa
Velha tecnocracia
Dance mochileira que eu toco a guitarra
Moça eu sei que não é legal
Ficar sozinha quando o velho medo vem
E essa noite em Cuzco é tão fria
Me passe a garrafa de vinho
Sim eu posso ver
Que os tempos tem sido maus com você
Mas os Deuses eles sabem
Que valeu a pena segurar essa barra
Moça o céu é seu amigo
Enquanto durar essa farra
E você depois é mesmo
Do tipo de cigarra
Que canta na chuva
Dance mochileira que eu toco a guitarra
(geraldo roca)
::: só um pouco :::
só um pouco sentir falta ...
sentir só um pouco saudade ...
querendo estar perto
tentar dizer de novo o que não foi dito ...
um pouco vontade de achar que é importante ...
que é igual a tantos ... indiferente ...
o abraço e o pedido de bênção ...
o sorriso e silêncio no ar ...
só um pouco sentir falta ... e não ter volta ...
encontrar compreensão pr'um mundo louco ...
o dilema de todo lugar ...
o jeito mais fácil de dizer felicidade ...
errar com boa intenção ... pelo melhor caminho ...
um pouco pedido de desculpas ...
... amor sincero e sem motivos ...
em volta da mesa de jantar ...
só um pouco sentir falta ...
quando é muita a falta que se faz ...
sentir só um pouco saudade ...
querendo estar perto
tentar dizer de novo o que não foi dito ...
um pouco vontade de achar que é importante ...
que é igual a tantos ... indiferente ...
o abraço e o pedido de bênção ...
o sorriso e silêncio no ar ...
só um pouco sentir falta ... e não ter volta ...
encontrar compreensão pr'um mundo louco ...
o dilema de todo lugar ...
o jeito mais fácil de dizer felicidade ...
errar com boa intenção ... pelo melhor caminho ...
um pouco pedido de desculpas ...
... amor sincero e sem motivos ...
em volta da mesa de jantar ...
só um pouco sentir falta ...
quando é muita a falta que se faz ...
::: não seja o mesmo :::
Você sabe tão bem quanto eu,
que uma das principais causas do tédio
é a estreiteza do nosso destino.
Todas as manhãs, despertamos iguais ao que éramos na véspera.
Ser eternamente o mesmo é insuportável para os espíritos
refinados pela reflexão.
Sair do próprio eu é um dos sonhos mais inteligentes que um homem pode ter.
(julian green)
que uma das principais causas do tédio
é a estreiteza do nosso destino.
Todas as manhãs, despertamos iguais ao que éramos na véspera.
Ser eternamente o mesmo é insuportável para os espíritos
refinados pela reflexão.
Sair do próprio eu é um dos sonhos mais inteligentes que um homem pode ter.
(julian green)
::: filme :::
Compra-se um filme que tenha
menos de dez tiros, assassinos e assassinatos.
Que tendo cama, tenha também
outros móveis agradáveis à vida.
A vida comum do corpo,
como a preguiçadeira, a mesa, a cadeira.
Que tenha princípio, meio e fim.
Que não tenha charada nem blá blá blá.
Enfim um filme que não exista
mas pareça tudo.
(carlos drummond de andrade)
menos de dez tiros, assassinos e assassinatos.
Que tendo cama, tenha também
outros móveis agradáveis à vida.
A vida comum do corpo,
como a preguiçadeira, a mesa, a cadeira.
Que tenha princípio, meio e fim.
Que não tenha charada nem blá blá blá.
Enfim um filme que não exista
mas pareça tudo.
(carlos drummond de andrade)
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