terça-feira, 30 de agosto de 2005

::: fragmentos :::

As nossas casas deveriam ter infância.
Não a insignificância de um rótulo (néo-coloniais, barrocas, modernas, prontas para morar) ou coisa parecida.
O ideal seria que tivessem fases vivas, em que pudessem modificar sua forma e crescer com a gente.

Hoje, o desconhecido se agiganta diante de mim.

O elevador panorâmico eleva e esparrama o que me deprime.
Do alto, tento localizar meu antigo endereço.
Mas tudo se perde entre prédios, carros e multidões.
Minha identidade não mora mais aqui

(raimundo gadelha)

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